- Evidenciador ,
- 04 ago 2025
O Plantão Judiciário do Tribunal de Justiça do RJ expediu na manhã desta terça-feira (22) um mandado de prisão preventiva contra Oruam. O rapper foi indiciado por uma série de crimes após, segundo a Polícia Civil, impedir a apreensão de um menor procurado por tráfico e por roubo na noite de segunda (21).
O artista teria buscado refúgio no Complexo da Penha após o episódio e postou um vídeo nas redes sociais desafiando a polícia. “Aí! Eu quero ver você vir aqui, pô! Me pegar aqui dentro do complexo! Não vai me pegar, sabe por causa de quê? Que vocês peida!”.
A ordem de prisão foi emitida pela juíza Ane Cristine Scheele Santos. Oruam vai responder por tráfico de drogas, associação ao tráfico de drogas, resistência, desacato, dano, ameaça e lesão corporal.
O secretário da Polícia Civil, delegado Felipe Curi, afirma que Oruam e amigos atacaram agentes e frustraram o cumprimento de um mandado de busca e apreensão contra esse adolescente infrator.
“Oruam é um marginal, bandido, delinquente, criminoso e associado para o tráfico — um bandido da pior espécie”, declarou Curi em entrevista ao Bom Dia Rio desta terça (22).
“Se havia alguma dúvida de que o Oruam seria um artista periférico ou um marginal da pior espécie, hoje nós temos certeza de que se trata de um criminoso faccionado, ligado ao Comando Vermelho, facção que o pai dele, o Marcinho VP, controla a distância de fora do estado, mesmo estando preso em presídio federal”, afirmou.
Em sua decisão, Ane Cristine explicou por que decretou a prisão preventiva, quando não há prazo para a soltura. “Analisando os autos, verifico que, no presente momento, mais adequado se faz a decretação da prisão preventiva (e não da prisão temporária), conforme sugerido pelo Ministério Público”, escreveu a juíza.
“A prisão preventiva (...) se faz pertinente para a garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria e de perigo gerado pelo estado de liberdade do imputado. E os requisitos se fazem presentes, de acordo com os elementos probatórios”, completou a magistrada.
A defesa de Oruam disse que não teve acesso ao inquérito policial até o momento, e que, por isso, não vai se manifestar.