- Evidenciador ,
- 13 jun 2025
Os animais de estimação para muitas pessoas, são considerados membros da família, isso porque o laço criado durante o convívio se torna grande, devido a isso, quando eles adoecem, há uma grande preocupação. Uma das coisas mais comuns é a convulsão e epilepsia em cães.
A convulsão é o quadro clínico gerado por descargas elétricas paroxísticas, descontroladas e transitórias nos neurônios do encéfalo, levando a alterações da consciência, atividade motora, funções viscerais, percepção sensorial, conduta e memória. As convulsões podem ter causas extras e intracerebrais.
O médico veterinário Bruno Prates explicou que a epilepsia é a ocorrência de convulsões frequentes, entre as quais o animal fica consciente. “Ela é causada por fatores de origem intracraniana, que por sua vez podem ter causas primárias e secundárias. Na epilepsia idiopática (primária, verdadeira ou hereditária) que acomete 1% da população canina, normalmente não tem identificação da causa. O início ocorre entre um e cinco anos de idade e o animal está normal entre os episódios; acomete principalmente raças puras como o Pastor, São Bernardo, Collie, Setter, Labrador, Golden, Husky, Cocker, Poodle e Beagle e o período é longo (4 semanas). Provavelmente tem origem neuronal e genética. Os felinos raramente têm epilepsia idiopática.
O profissional menciona que também existe a epilepsia secundária (sintomática, estrutural ou adquirida) que é decorrente de lesão estrutural, ocasionada por doença intracraniana progressiva ou não, que acomete cães de qualquer raça ou idade e frequentemente estão presentes lesões multifocais. “Ela pode ser ativa, devido à encefalite, hidrocefalia ou tumores, ou então inativa, decorrente de trauma craniano, hipóxia ou encefalite. Embora estes dois tipos sejam tratados da mesma forma, é importante a diferenciação para orientar o proprietário corretamente, inclusive sobre o prognóstico em algumas raças refratárias ao tratamento. Existe ainda a epilepsia provavelmente sintomática, também chamada de criptogênica ou adquirida, decorrente de lesão estrutural que não é identificada”.
A anamnese é muito importante para diagnóstico, pois é o proprietário quem na maioria das vezes presencia o evento e os dados obtidos podem auxiliar no plano diagnóstico e terapêutico.
PRINCIPAIS CAUSAS DAS CONVULSÕES DE ACORDO COM A IDADE DO PACIENTE
1 ano |
Entre 1 e 5 anos |
5 anos |
- Tóxico - Más formações (hidrocefalia) - Metabólico - Infeccioso/inflamatório - Trauma - Epilepsia juvenil |
- Epilepsia sintomática - Infeccioso/inflamatório - Neoplasias - Trauma, intoxicação - Hidrocefalia |
- Neoplasias intracranianas - Inflamatório/infeccioso - Metabólico |
Requer tratamento nestas circunstâncias:
É importante identificar a causa das convulsões, através de exame clínico e neurológico minuciosos, com atenção especial aos sistemas cardiocirculatório, respiratório, digestório e urinário e realizar os exames complementares adequados como: hemograma, urinálise, coproparasitológico, enzimas hepáticas, uréia, creatinina, glicemia, calcemia, líquor, sorologias, PCR, radiografias torácicas, ultrassom abdominal, TC e RMI quando disponíveis.
Então, procure um médico veterinário e realize os exames para diagnosticar e cuidar corretamente do seu animalzinho.